Um homem atravessa uma rua, era um homem qualquer. Estava bem vestido, trajava um paletó preto e sapatos. Tinha cabelo loiro, um pouco grisalho, e um rosto que aparentava ter uns 40 anos. Era um homem típico de uma cidade grande, São Paulo. E como muitas pessoas, o homem ia rumo ao seu trabalho.
O sinal de trânsito estava fechado. Estava apressado, andava com passos largos e de certa forma, ligeiramente. Estava com as mãos nos bolsos e com um olhar para o horizonte.
Queria chegar cedo ao trabalho. Faltavam trinta minutos para oito da manhã e como não poderia chegar atrasado, teve que ser rápido.
O dia estava belíssimo, o Sol raiava pelas ruas que com sua brilhante luz, iluminava esquinas e vielas de todos os cantos da cidade. O céu estava com poucas nuvens, era um início de manhã que lembrava as tardes de pôr-do-sol em Campos, onde morava. A faixa de pedestre parecia longa em meio a tantas pessoas, mas seguia em frente. A rua estava cheia, o calor do asfalto embrenhava seu rosto. A cada gota de suor, seu rosto ficava mais ardente, e para salva-lo de uma situação corriqueira, seu lenço no bolso esquerdo aliviou-o de chegar ao seu serviço malcheiroso.
Caminhava, não olhava para trás. E a cada passo seu destino estava mais perto. O sinal abriu e os carros começavam a acelerar. O homem acabou de tocar seu pé direito na calçada. Olhou para trás e viu os carros passarem e no mesmo instante, lembrou que iria passar pela mesma situação os outros dias. Era hora de desistir e voltar ao seu lar? Para o homem não, pois a cada dia que ele passa por aquela rua, era mais um dia que seria escrito em seu livro da vida.
Gabriel Almeida
Você escreve com uma simplicidade que me encantou.
ResponderExcluirAgradeço o comentário, fico muito feliz por ele :D
ResponderExcluirVolte Sempre!